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30 de dez. de 2007

DISLEXIA


DISLEXIA



A dislexia é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que cerca de 10 a 15% da população mundial é disléxica.

Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.

Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.

O MEU FILHO É DISLÉXICO?
A prevenção é o melhor remédio. E se é difícil falar deste problema antes da idade escolar, alguns aspectos da criança em idade pré-escolar podem servir de alerta para os pais. Segundo a especialista em Educação Especial e Reabilitação Rita Alambre, da Fundação Renascer, estes são:

• Começar a falar demasiado tarde
• Trocar os sons quando fala
• Não ser capaz de levar uma actividade até ao fim
• Não conseguir reproduzir formas simples ou seguir traçados
• Ser muito descoordenado em termos de movimentos globais ou finos
• Desenhar em espelho
• Ter uma fraca capacidade de percepção dos detalhes
• Não conseguir acompanhar o ritmo com palmas
• Não perceber rimas
Só devem ser fonte de alarme quando acontecem com frequência maior do que a média ou quando as crianças continuam a fazê-lo para além da idade que é admissível e esperado.

O QUE FAZER?

Os maus resultados escolares, os problemas de falta de atenção ou mau comportamento podem ser sinais de dislexia. De acordo com Rita Alambre, quando os identificam, os pais devem:

1 - Falar com a professora e perceber se existem mais alguns problemas dentro da sala de aula, com a aprendizagem, o comportamento ou na relação com os outros colegas

2 - Referir estas preocupações ao pediatra que poderá indicar um especialista para a avaliação adequada

3 - Se ouvir que “está a exagerar” e não se sentir confortável com esta resposta, siga a sua intuição e procure local especializado.

4 - A Associação Portuguesa de Dislexia pode ajudar a encontrar um centro na sua região. Infelizmente a grande maioria é de regime particular, o que implica custos elevados. A Fundação Renascer está preparada para apoiar também aqueles que não têm recursos

5 - Depois do diagnóstico, a criança deverá ser acompanhada individualmente por um técnico especializado, de preferência, que privilegie uma boa comunicação com a família e a escola

6 - Os pais devem ser informados acerca do método que procuram, bem como de todos os outros, e decidir por si qual será o mais adequado. Um bom técnico deve informar, dar a sua opinião, apoiar nas escolhas, mas nunca substituir-se à família nas suas decisões.


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